Como retomar as aulas de forma segura
Como uma logística estratégica pode contribuir para a diminuição das aglomerações nas áreas internas e externas das escolas e nas salas de aulas
Ainda em meio à pandemia, porém com uma luz no fim do túnel e a reabertura gradual da economia, as escolas por todo o País já se voltaram às aulas, mas ainda seguindo as medidas ainda impostas para o bem de todos. Com isso, os cuidados que deverão ser adotados daqui para frente continuam valendo.
Por recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde) e da OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde), o MEC desenvolveu o Protocolo de Biossegurança para o retorno das atividades de auas nas instituições de ensino, que prevê instruções e recomendações para que o ambiente escolar seja, e esteja, seguro para colaboradores e alunos.
Trata-se de um documento, não somente com as indicações das etiquetas respiratórias, mas também sobre as melhores práticas para que gestores escolares, colaboradores e alunos possam retomar as atividades com mais segurança.
Neste contexto, muitas escolas estão criando seus protocolos, se adaptando e fazendo uso, inclusive de tecnologias, visando melhorar a logística no dia a dia para evitar, assim, aglomerações. Mas é preciso lembrar que a educação sobre todas estas recomendações nas escolas começa em casa, conforme em matéria já publicada aqui no blog.
Opinião do especialista
Segundo Eric Amorim, CEO da Impacto for School, focada em Saúde e Segurança Escolar, este processo precisa ser bem estudado e contar com toda a comunidade escolar.
“Existem muitas variáveis a serem analisadas antes da implantação de um protocolo, como logística, equipe envolvida, pais, alunos, recursos, pedagógico, estururas das aulas, entre outros. A implantação de um protocolo deve ser desenvolvida respeitando as características, valores, estrutura e recursos financeiros, que são cruciais”, comenta.
Além disso, Eric disse como as ações da Impacto for School, bem como palestras e treinamentos, inclusive de primeiros-socorros, podem contribuir para que sejam evitados os agrupamentos nas unidades escolares.
“Utilizamos uma metodologia que permite, por parte da equipe escolar, uma visualização de forma prática de cada ação. Auxiliamos, também, na comunicação visual dos processos, que irão agregar na segurança dos pais ao receberem as informações quanto aos novos processos da escola com o filho dele. Quando conhecemos o público escolar conseguimos prever os comportamentos e antecipar com a prevenção segura, evitando surpresas desagradáveis”, orienta.
School Guardian ajudando as escolas
Entre os exemplos que podem ser citados está a Maple Bear, unidade Cantareira, na cidade de São Paulo (SP), onde, além das etiquetas de segurança e saúde, há previsão de rodízio das turmas durante as aulas.
“Todos os protocolos estão sendo seguidos rigorosamente, porque a nossa primeira providência é respeitar aquilo que as autoridades das áreas de Saúde e Educação recomendam. Utilizaremos o método de ensino híbrido fazendo uma escala com os nossos alunos dividindo em duas turmas, sendo Educação Infantil e Ensino Fundamental 1. Com isso, cada grupo irá para a escola em uma semana e na outra ficará em casa com aulas exclusivamente online. Fizemos também uma alteração nos horários de entrada e saída, com intervalos de 15 minutos entre as turmas, para evitar aglomerações”, conta a diretora pedagógica, Katia Guedes.
A escola é uma das unidades a utilizarem o School Guardian para auxiliar nas entrada e saída dos alunos, que será ainda mais importante neste momento.
“Nós temos um drive em frente à escola que comporta cinco carros por vez. Além da alteração nos horários de entrada e saída das turmas, já usamos o Filho Sem Fila, que é uma ferramenta muito importante para nossa escola. As famílias aqui na Maple Bear Cantareira são adeptas ao uso do aplicativo por perceberem que é muito bom e que agrega segurança. Nestes tempos de pandemia, mais do que nunca é um aliado para organizarmos a chegada dos carros nos horários de entrada e saída dos nossos alunos, mantendo a segurança de todos e evitando acúmulo de pessoas. Nossos colaboradores também terão horários alternados de entrada e saída e durante as refeições”, afirma Katia.
Medidas adicionais, como exemplo de ação
Outra medida da escola será o rodízio para uso de área comum dentro da instituição. “Diariamente uma turma entrará e ficará os primeiros momentos do dia brincando no playground, com máximo de 15 crianças e todos os alunos acima de três anos usando máscaras. Para os menores, adquirimos chapeuzinhos com visores em material flexível, simples de higienizar, individual e seguro. Já as crianças das outras turmas irão direto para suas salas. E, assim, todas as turmas terão um dia por semana no parquinho na hora da entrada. As equipes de limpeza estão preparadas para entrar em ação, higienizar espaços e brinquedos com solução de hipoclorito e, em alguns materiais, álcool em gel 70%, cada vez que uma turma sair”, complementa a diretora.
A solução na palma das mãos
Tudo isso que já foi mencionado vai de encontro às recomendações das organizações de saúde, que é o pontapé para a volta às aulas com segurança para todos. E o CEO do School Guardian, Leo Gmeiner, mostra que o caminho para diminuir a concentração de pessoas em um mesmo local já existe.
“A primeira coisa é atender as regulamentações de distanciamento social e de rodízio de alunos, sob orientação dos Governos. Não é fácil, mas já temos como auxiliar com isso. O School Guardian, além de ajudar a fazer a gestão do rodízio de alunos, contribui com o questionário de sintomas de Covid-19, que vai dizer automaticamente para os pais se as crianças podem ir para a escola ou não, de acordo com os sintomas que apresentam, o que ajuda a reduzir as aglomerações. E também organiza a entrada e saída de alunos, por exemplo, dizendo na área de espera, que pode ser a própria sala de aula, sobre a chegada, a distância e como os pais estão vindo, permitindo que saia um aluno por vez para encontrar com seus responsáveis”, comenta Gmeiner.
Para o CEO as medidas são fundamentais para a gestão de pessoas e do espaço. “Essa organização que acontece sem barulho e sem estresses auxilia na redução das aglomerações entre os alunos, que não precisam estar no pátio esperando os responsáveis; e entre os pais, que não perderão tempo nas portas das escolas. Tudo isso permite que as instituições possam organizar este processo em filas únicas, diminuindo a quantidade de pessoas em frente as unidades e organizando conforme o distanciamento social”, finaliza Leo.